Enfermagem Atual em Costa Rica ISSN electrónico: 1409-4568

OAI: https://www.revistas.ucr.ac.cr/index.php/enfermeria/oai
Análise espacial dos óbitos por tuberculose em um estado do nordeste brasileiro
PDF

Palavras-chave

Spatial analysis
Mortality
Tuberculosis
Análisis espacial
Mortalidad
Tuberculosis
Análise espacial
Mortalidade
Tuberculose

Como Citar

1.
Santos VB, Santos AM dos, Soeiro VM da S, Caldas A de JM. Análise espacial dos óbitos por tuberculose em um estado do nordeste brasileiro. Enferm. Actual Costa Rica (en línea) [Internet]. 1º de junho de 2023 [citado 20º de maio de 2024];(45). Disponível em: https://www.revistas.ucr.ac.cr/index.php/enfermeria/article/view/47795

Resumo

Introdução: A tuberculose é um importante problema de saúde pública e atinge de maneira dessemelhante os espaços geográficos.

Objetivo: analisar a distribuição espacial dos óbitos por tuberculose no Maranhão (Brasil) e sua associação com indicadores socioeconômicos.

Método: Estudo ecológico dos óbitos por tuberculose no Maranhão, no período de 2010 a 2015, com unidade de análise, os municípios. Utilizou-se o índice de Moran global, correlograma e espalhamento do índice de Moran e para avaliar a associação espacial de óbitos por tuberculose com os indicadores socioeconômicos foram ajustados diferentes modelos espaciais condicionais autoregressivos.

Resultados: No período, foram notificados 949 óbitos por tuberculose. Identificou-se uma forte dependência espacial na ocorrência dos óbitos. Por meio do modelo autoregressivo ajustado, constatou-se que aproximadamente 12% dos municípios possuem mais que 75% de chance de ocorrer um óbito por tuberculose e que o norte e a parte central do Estado são as regiões que concentram as maiores probabilidades de óbito.

Conclusão: Houve forte dependência espacial na ocorrência de óbitos por TB, sendo esta afetada pelas taxas das áreas vizinhas. O índice de desenvolvimento humano municipal esteve negativamente associado com a taxa de óbitos por tuberculose e a renda média per capita apresentou associação positiva.

https://doi.org/10.15517/enferm.actual.cr.i45.47795
PDF

Referências

World Health Organization. Global tuberculosis report 2019. Geneva: World Health Organization; 2019.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Número Especial. Março 2020. Brasília: MS; 2020.

Yamamura M, Zanoti MDU, Arcêncio RA, Protti ST, Figueiredo RM de. Mortalidade por tuberculose no interior de São Paulo – Brasil (2006-2008). Ciência, Cuidado e Saúde. 2015;14(3):1259-1265. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v14i3.22850.

Santos-Neto M, Yamamura M, Garcia MCC, Popolin MP, Silveira TRS, Arcêncio RA. Análise espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar em São Luís, Maranhão. J Bras Pneumol. 2014;40(5):543-551. DOI: 10.1590/S1806-37132014000500011.

Sousa LAC, Mello DC, Silva STF, Guimarães ABG, Salazar MP, Leat JPL, Cesar Junior CEO. Caracterização do perfil laboratorial-epidemiológico de pacientes acometidos por tuberculose na unidade de sáude da família Sítio Jaguaribe. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e de Saúde Unit, 2019; 4(2);49-58.

Pereira TV, Nogueira MC, Campos EMS. Spatial analysis of tuberculosis and its relationship with socioeconomic indicators in a medium-sized city in Minas Gerais. Rev bras epidemiol. 2021;24(suppl 1). DOI: 10.1590/1980-549720210021.supl.1.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Brasília: IBGE. 2010.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades e Estados: População estimada. Brasil, 2021.

Rede Interagencial de Informação para a Saúde – RIPSA. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.

Druck S, Carvalho C, Câmara G, Monteiro AMV. Análise espacial de dados geográficos. Brasília: EMBRAPA, 2004; 203p.

Kuldorff M, Nagarwalla N. Spatial disease clusters: detection and inference. Statistics in Medicine, v.14, p.799-810, 1995. DOI: 10.1002/sim.4780140809.

Calori MY, Arcêncio RA. Relação espacial dos óbitos e internações por tuberculose com indicadores sociais em Ribeirão Preto (SP). 2016.

Medronho RA, Werneck GL. Análise de dados espaciais em saúde. In: Medronho RA, Bloch KV, Luiz RR, Werneck GL, editores. Epidemiologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2009. 493-511.

Schabenberger H. Spatcounts: Spatial count regression. R package version 1.1: 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Perspectivas brasileiras para o fim da tuberculose como problema de saúde pública. Bol Epidemiol. 2017; 48(8):1-11.

World Health Organization. Global Tuberculosis Report 2022. Genebra: World Health Organization; 2022.

Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil: base de dados. Brasília: 2010.

Yamamura M, Santos M No, Chiaravalloti F No, Arroyo LH, Ramos ACV, Queiroz AAR, et al. Areas with evidence of equity and their progress on mortality from tuberculosis in an endemic municipality of southeast Brazil. Infect Dis Poverty. 2017;6(1):134. DOI: 10.1186/s40249-017-0348-5.

Arcêncio RA, Belchior AS, Arroyo LH, Bruce ATI, Santos FL, Yamamura M et al . Distribuição e dependência espacial da mortalidade por tuberculose em um município da região amazônica. Cad. saúde colet. 2022;30(1):1-12. DOI: 10.1590/1414-462x202230010308.

Harling G, Castro MC. A spatial analysis of social and economic determinants of tuberculosis in Brasil. Health Place. Edinburgh, 2014; 25:56-67. DOI: 10.1016/j.healthplace.2013.10.008.

Castañeda-Hernández DM, Tobón-García D, Rodríguez-Morales AJ. Asociación entre incidencia de tuberculosis e Índice de Desarrollo Humano en 165 países del mundo. Rev. perú. med. exp. salud publica. 2013;30(4):560-568.

Munayco CV, Mujica OJ, Leon FX, Granado M, Espinal MA. Social determinants and inequalities in tuberculosis incidence in Latin America and the Caribbean. Rev Panam Salud Publica, 2015; 38(3):177-185.

Moreira ASR, Kritski AL, Carvalho ACC. Social determinants of health and catastrophic costs associated with the diagnosis and treatment of tuberculosis. J Bras Pneumol. 2020;46(5):e20200015.

Nagavci BL, Gelder R, Martikainen P, Deboosere P, Bopp M, Rychtaříková J, et al. Inequalities in tuberculosis mortality: long-term trends in 11 European countries. Int J Tuberc Lung Dis. 2016;20(5):574-81. DOI: 10.5588/ijtld.15.0658

Alves P Fo, Pellegrini A Fo, Ribeiro PT, Toledo LM, Romão AR, Novaes LCM. Desigualdades socioespaciais relacionadas à tuberculose no município de Itaboraí, Rio de Janeiro. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(4):559-72. DOI: 10.1590/1980-5497201700040001.

Espindola LCD. Estudo da mortalidade por tuberculose em Campo Grande - MS, 2001 a 2008 [dissertation]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública; 2010.

Arcoverde MAM, Berra TZ, Alves LS, Santos DT, Belchior AS, Ramos ACV, et al. How do social-economic differences in urban areas affect tuberculosis mortality in a city in the tri-border region of Brazil, Paraguay and Argentina. BMC Public Health. 2018;18(1):795. DOI: 10.1186/s12889-018-5623-2.

García-Basteiro AL, Brew J, Williams B, Borgdorff M, Cobelens F. What is the true tuberculosis mortality burden? Differences in estimates by the World Health Organization and the Global Burden of Disease study. Int J Epidemiol. 2018;47(5):1549-60. DOI: 10.1093/ije/dyy144.

Comentários

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Vandiel Barbosa Santos, Alcione Miranda dos Santos, Vanessa Moreira da Silva Soeiro, Arlene de Jesus Mendes Caldas

Downloads

Não há dados estatísticos.