Enfermagem Atual em Costa Rica ISSN electrónico: 1409-4568

OAI: https://www.revistas.ucr.ac.cr/index.php/enfermeria/oai
Medicalização da assistência ao parto normal: Perfil de gestantes atendidas em uma maternidade de risco habitual
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Palavras-chave

Midwifery
Medicalization
Humanizing-delivery
Natural-childbirth
Partería
Medicalización
Parto-humanizado
Parto-natural
Tocologia
Medicalização
Parto-humanizado
Parto-normal

Como Citar

1.
Aquino AG, Montenegro Lima J de S, Vasconcelos de Lima LS, Alves Lima LD, Modesto HD. Medicalização da assistência ao parto normal: Perfil de gestantes atendidas em uma maternidade de risco habitual . Enferm. Actual Costa Rica (en línea) [Internet]. 2º de janeiro de 2023 [citado 19º de maio de 2024];(44):1-17. Disponível em: https://www.revistas.ucr.ac.cr/index.php/enfermeria/article/view/46727

Resumo

Introdução: O nascimento tem experimentado mudanças na compreensão do parto como processo natural, tornando-o passível de intervenções, como as relacionadas a abreviação do parto através do uso de medicamentos.

Objetivo: descrever o perfil da assistência às gestantes, verificando a prevalência do uso de medicamentos, instrumentos e protocolos, durante o trabalho de parto e parto, em maternidade pública de saúde, destinada à assistência a gestantes de risco habitual.

Método: estudo transversal, descritivo, exploratório e quantitativo, com população por conveniência (n=26 profissionais de saúde). Foram investigadas as características sociodemográficas dos enfermeiros e médicos que prestavam assistência direta ao parto, além daquelas relativas ao uso de medicamentos, instrumentos e protocolos. Os dados foram tabulados no Epiinfo 7.2.2.2, sendo realizada análise estatística descritiva.

Resultados: observou-se que 53,8% são enfermeiros obstetras e 46,2% médicos obstetras. Dentre os entrevistados: 65,4% asseguraram preencher sempre ou quase sempre o partograma, 61,6% aplicam sempre ou quase sempre o índice de Bishop, 57,7% fazem uso de medicamentos para induzir o parto. A prevalência de profissionais que afirmaram não existir protocolos assistenciais ao parto na instituição somou 80,8%.

Conclusão: o presente estudo foi relevante para demonstrar que a maioria dos profissionais não usavam medicamentos aceleradores do trabalho de parto; consideravam a integridade das membranas antes da indução medicamentosa, com maior prevalência de uso da ocitocina em relação ao misoprostol nos casos de necessidade de indução com iguais condições do colo uterino. A maior parte dos profissionais afirmou ainda fazer uso de protocolos de assistência ao parto, embora não fossem os institucionais.

https://doi.org/10.15517/enferm.actual.cr.i44.46727
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